terça-feira, 21 de setembro de 2010

Histórico

O que é TV à cabo?





 
Televisão a cabo ou televisão de antena comunitária (Cable Television, ou Community Antenna Television em inglês, CATV) é um sistema de distribuição de conteúdos audiovisuais de televisão, de rádio FM e de outros serviços para consumidores através de cabos coaxiais fixos, ao invés do tradicional e antigo sistema de transmissão via antenas de rádio (televisão aberta). Espalhou-se por vários países, principalmente através dos serviços de televisão por assinatura.
Tecnicamente, a televisão por cabo envolve a distribuição de um número de canais de televisão coletados em um local central (conhecido como headend em inglês) para assinantes dentro de uma comunidade através de uma rede de fibra óptica e/ou cabos coaxiais e amplificadores de banda larga.
No caso da transmissão de rádio, o uso de diferentes freqüências permite que muitos canais sejam distribuídos através do mesmo cabo, sem fios separados para cada um. O sintonizador da TV, o vídeo cassete ou o rádio seleciona um canal de seu sinal misturado. O mesmo programa é freqüentemente veiculado simultaneamente por rádio e distribuído por cabo, geralmente em freqüências diferentes.

                        A - Capa Protetora
                                B - Condutor Externo
                                C - Dielétrico
                                D - Condutor Interno


Cabo Coaxial.




Histórico

Há pelo menos cinco décadas, desde o surgimento da televisão, a indústria de TV a cabo tem se desenvolvido através de significativas e constantes mudanças tecnológicas e de uma enorme expansão comercial. As empresas de telecomunicações vêm considerando, em suas estratégias de crescimento, a utilização de tecnologias cada vez mais avançadas, seja ao nível de suas operações técnicas, seja ao nível gerencial, a fim de garantirem sua sobrevivência num ambiente de alta instabilidade.                   
            Nos anos 50, havia quatro redes de televisão nos Estados Unidos. Devido à freqüência distribuída para televisão, os sinais podiam apenas ser recebidos com "vista direta" da antena transmissora. As pessoas que viviam em áreas remotas, especialmente áreas montanhosas remotas, não podiam assistir aos programas que já tinham se tornado parte importante da cultura dos EUA.
Em 1948, as pessoas que viviam em vales remotos na Pensilvânia resolveram seus problemas de transmissão colocando antenas nas colinas e puxando cabos até suas casas. Hoje em dia, a mesma tecnologia então usada por pequenos vilarejos remotos e cidades selecionadas permite que telespectadores de todo o país acessem grande variedade de programas e canais que atendem a seus desejos e necessidades individuais. No começo dos anos 90, a televisão a cabo alcançou quase metade das residências nos Estados Unidos.

O pacote analógico Scientific-Atlanta's 8600 presta serviços como guias de programação interativos (IVGs), pagamento de impulsos conforme pedido (pay-per-view - IPPV) e canais virtuais


            Hoje, o sistema a cabo nos EUA oferece centenas de canais para aproximadamente 60 milhões de residências, ao mesmo tempo em que fornece acesso à Internet de alta velocidade a um número crescente de pessoas.
            No Brasil a televisão por assinatura surgiu primeiro com o Serviço Especial de Televisão por Assinatura, em 1989 (Canal+, inspirado no nome e no logotipo do homônimo francês que transmitia a programação da programadora norte-americano ESPN através do canal UHF 29, em São Paulo), posteriormente também com as retransmissões da italiana RAI e da estadunidense CNN, através dos canais SHF 4 e 5, além da nacional TVM (canal 2 SHF), especializada em programas musicais; e depois com o cabo, em 30 de julho de 1990. Em 1997 a indústria de televisão por assinatura faturaria US$ 1,2 bilhão só com vendas de pay-per-view, que representa uma das principais fontes de lucro para as operadoras. Em 1999 pela primeira vez os domicílios somaram mais tempo assistindo a televisão por assinatura do que televisão aberta.
            Aqui, os recursos são os mesmos, mas a TV a cabo tem um alcance bem menor: há apenas 2,8 milhões de assinantes, de acordo com dados da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura). Alguns sistemas a cabo permitem até que você faça chamadas telefônicas e receba novas tecnologias de programação.


Um plano simples


            Os primeiros sistemas de cabos eram, de fato, antenas instaladasstrategicamente com cabos muito longos, conectando-os aos assinantes. Como o sinal da antena se tornava mais fraco enquanto viajava pelo comprimento do cabo, fornecedores de cabos tiveram que inserir amplificadores de intervalos regulares para impulsionar a força do sinal e torná-lo mais aceitável para a visualização.
             No começo dos anos 50, o sistema a cabo começou a experimentar novas formas de uso de torres de microondas para transmitir e receber os sinais de estações distantes. Em alguns casos, isto viabilizou a televisão para pessoas que viviam fora do alcance de uma transmissão padrão. Em outros casos, especialmente no nordeste dos Estados Unidos, significou que os clientes dos sistemas a cabo poderiam ter acesso a muitas estações de transmissão da mesma rede. Pela primeira vez, o cabo foi usado para melhorar a visualização de televisão, não apenas tornar a audiência normal possível. Isso iniciou uma tendência que começaria a desabrochar completamente nos anos 70.
            A inclusão de estações CATV (antena comunitária de televisão) e a cobertura dos sistemas a cabo finalmente levaram os fabricantes a adicionar um interruptor na maioria dos novos aparelhos de televisão. As pessoas podem ajustar seus televisores para sintonizar canais baseados na distribuição de freqüências da Comissão Federal de Comunicações (FCC), ou podem ajustar para os planos usados pela maioria dos sistemas a cabo. Os dois planos diferem de maneiras importantes.
            Em ambos os sistemas de sintonia, cada estação de televisão ganha uma faixa de 6 megahertz (MHz) do espectro de radio. Originalmente, a FCC tinha dedicado faixas do espectro de freqüência muito alta (VHF) para 12 canais de televisão. Os canais não eram colocados em um bloco simples de freqüências, mas instalados divididos em dois grupos para evitar a interferência com os serviços de rádio existentes.

            Mais tarde, quando a crescente popularidade da televisão exigia canais adicionais, a FCC alocou freqüências na faixa de freqüência ultra-alta (UHF) do espectro. Eles definiram os canais de 14 a 69 usando uma faixa de freqüências entre 470 e 812MHz.
            Por usarem cabos ao invés de antenas, os sistemas de televisão a cabo não tinham que se preocupar com serviços existentes. Os engenheiros podiam usar a chamada banda média, freqüências passadas pela transmissão de TV devido a outros sinais, para os canais 14-22. Os canais de 1 a 6 eram freqüências menores e as restantes maiores. O interruptor "Antena/CATV" sintoniza as televisões nos canais de banda média.
            Ainda que sintonia não seja o assunto, é importante considerar por que sistemas a cabo não usam as mesmas freqüências que estações de transmissão nos canais de 1 a 6 que essas estações usam para transmitir por ondas. Equipamentos a cabo são desenhados para proteger os canais transmitidos pelo cabo contra interferências externas, e televisões são desenhadas para aceitar sinais apenas do ponto de conexão do cabo ou antena; porém as interferências ainda podem entrar no sistema, especialmente nos conectores. Quando a interferência vem, pelo mesmo canal que é transmitido a cabo, não há problema, pois existe diferença na velocidade de transmissão entre os dois sinais.
            Os sinais de rádio viajam pelo ar em uma velocidade muito próxima da velocidade da luz. Em um cabo coaxial como estes que levam os sinais CATV para a sua casa, os sinais de rádio viajam a cerca de dois terços da velocidade da luz. Quando a transmissão e os sinais a cabo chegam à televisão uma fração de segundo atrasados, você vê uma imagem dupla chamada de "fantasma."


TV por assinatura via cabo

            Previamente ao exame da aplicação dos conceitos de ‘contabilidade estratégica’, no âmbito da   TV a cabo, é válido apresentar algumas características básicas do cenário que envolve a TV por Assinatura.
            A TV por assinatura como já dito é um serviço do setor de telecomunicações, que consiste na transmissão de programações exclusivas, a partir de uma central denominada ‘head-end’, captada somente por usuários que estejam conectados ao sistema, obviamente mediante pagamento.
            Entre as tecnologias que concorrem no mercado de equipamentos, para implantação de headends e redes de serviço de TV por assinatura, destacam-se:


Tecnologias concorrentes
Tecnologia
Característica
DTH (Direct TV home) Direta de Satélite em Banda Ku ou C
Canais transmitidos direto do satélite em alta frequência (10,7 a 12,2 ghz) e captados por antenas de 60 cm de diâmetro instaladas na casa do usuário (Banda Ku) ou parabólicas comuns (Banda C)
MMDS (Multipoint Multichanel Distribution System) e LMDS (Local Multipoint Distribution System)
Sinais captados de satélites por parabólicas e iradiados para usuários na faixa de frequência de 2,5 a 2,6 ghz (MMDS, captados por antenas de 60 cm de diâmetro) e em altíssima frequência de 28 ghz (LMDS, captados por antenas de 15 cm x 15 cm)
POR CABO
Sinais captados de satélites por parabólicas e transmitidos para o assinante por cabo de fibra óptica ou de cobre

            Vale destacar, neste caso, que sua tecnologia também apresenta diferentes alternativas operacionais, podendo ser baseada em redes de cabos coaxiais ou sistemas de comunicações ópticas que permitem uma redução de custos, facilidades de implantação, melhor qualidade, maior confiabilidade e maior capacidade do sistema.
            A prestação de serviço de TV por Assinatura via cabo, assim como as diversas atividades do setor de telecomunicações, envolvem geralmente regulamentações públicas, sendo que estas variam em diferentes graus de intervenção entre os diversos países.
No Brasil, são pelo menos quatro os agentes envolvidos no processo de geração e consumo do serviço de TV por Assinatura:  1. O Assinante: pessoa física ou jurídica que recebe o Serviço de TV a cabo mediante contrato; 2. A Concessionária de Telecomunicações: empresa que detém concessão para prestação dos serviços de telecomunicações numa determinada região; 3. A Operadora de TV a Cabo: pessoa jurídica de direito privado que atua mediante concessão, por meio de um conjunto de equipamentos e instalações que permitam a recepção, processamento e geração de programação e de sinais próprios ou de terceiros, e sua distribuição através de redes, de sua propriedade ou não, a assinantes localizados dentro de uma área determinada; 4. A Programadora: pessoa jurídica produtora e/ou fornecedora de programas ou programações audiovisuais.
            O Serviço de TV a Cabo consiste na distribuição de vídeo e/ou áudio, mediante transporte por meios físicos. Esses sinais compreendem programas similares aos oferecidos por emissoras de rádio e televisão, mas podem ser também programas de sub-serviços, como previsão do tempo, home banking, home shopping, agendas culturais e assim por diante, valendo-se inclusive de recursos interativos.
            Não há exclusividade na prestação do serviço de TV a cabo numa mesma área; uma ou mais empresas operadoras poderão disputar o mesmo mercado.
Há no mercado nacional, outros dados sobre o cenário mundial relacionados com o assunto em questão são fundamentais para que se possa iniciar qualquer esforço de sistematização de informações estratégicas.
            Um dos aspectos cruciais que deve ser considerado refere-se a utilização da tecnologia mais apropriada para cada caso. Segundo Taylor Jr (1993, p.38).: “É um fato real que a maior parte dos avanços tecnológicos são criados pelos fabricantes de forma a concorrer no mercado com os outros fabricantes. Isso causa um aumento de custo devido a funções que não são realmente necessárias. Portanto, na hora de escolher o equipamento a ser utilizado, é importante não cometer o erro de escolher o que tiver mais ‘luzinhas coloridas’.” A tendência para o uso da tecnologia de TV a Cabo aponta para a possibilidade de inúmeros serviços entre os quais pode-se destacar: - Serviços interativos, que permitem o usuário a partir da sua residência receber e enviar sinais a um sistema central; - Serviços de vídeo, texto e voz, sendo que este último, a depender da legislação específica do país, poderá traduzir-se em serviços de telefonia básica, significando uma ampliação do mercado para TV a Cabo, no caso de privatização dos mercados de serviços de telecomunicações; - Serviços denominados ‘pay per view’, pelos quais o assinante paga cada vez que os assiste.
Serviços denominados ‘video-on-demand’, onde os assinantes poderão escolher um filme, navegando pelos menus com os títulos disponíveis e assisti-los na hora que quiserem.
            Serviços que integram o PC (personal computer) e voz à TV a Cabo, com possibilidade de transferência de imagem quase que instantânea, a partir de um ‘modem a cabo’, utilizando o mesmo meio físico empregado no sistema de televisão por assinatura, ligado diretamente no computador pessoal.
            A partir das características e tendências concernentes aos serviços de TV por assinatura, sumariamente apresentadas neste tópico, pode-se iniciar um processo de sistematização de informações estratégicas necessárias para o processo decisório cotidiano dos gestores envolvidos nesse ambiente.

Alto no céu

             Em 1972, um sistema a cabo em Wilkes-Barre, PA, começou a oferecer o primeiro canal "pay-per-view". Os clientes podiam pagar para assistir a filmes ou eventos esportivos individuais. Eles chamaram este novo serviço de Home Box Office (em inglês), ou HBO. Ele continuou como serviço regional até 1975, quando a HBO passou a transmitir seu sinal por satélite em órbita de geossíncrona e então transmitindo os sinais para sistemas a cabo na Flórida e Mississippi. Bill Wall, da Scientific-Atlanta, diz que esses primeiros satélites podem receber e retransmitir até 24 canais. Os sistemas a cabo recebiam os sinais usando antenas tipo disco de 10 metros de diâmetro, com um disco separado para cada canal. Com o início da distribuição de programas por satélite para sistemas de cabo, a arquitetura básica dos modernos sistemas a cabo entrou na arena. À medida que crescia o número de opções de programas, a largura de banda dos sistemas a cabo também aumentava. Os primeiros sistemas operavam em 200MHz, disponibilizando 33 canais. Com o progresso da tecnologia, a largura de banda aumentou para 300, 400, 500 e agora 550MHz, com o número de canais aumentando para 91. Dois novos avanços na tecnologia - fibras ópticas e conversão de analógico para digital - melhoraram os recursos e a qualidade da transmissão enquanto aumenta o número de canais disponíveis.

O cabo de vidro



De analógico para digital

             Em 1989, a General Instruments demonstrou que era possível converter um sinal de cabo analógico em digital e transmiti-lo em um canal padrão de televisão de 6MHz. Usando compressão MPEG, os sistemas CATV instalados hoje podem transmitir até 10 canais de vídeo em 6 MHz de freqüência num único cabo analógico. Quando combinado com a largura de banda geral de 550-MHz, isto possibilita quase 1.000 canais de vídeo num sistema. Além disso, a tecnologia digital permite a correção de erros para assegurar a qualidade do sinal recebido.
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O Explorer 8000HD Home Entertainment Server oferece recepção digital e capacidades de DVR

A mudança para a tecnologia digital também mudou a qualidade de um dos recursos mais visíveis das televisões a cabo: o canal embaralhado. Embaralhado para azul
O primeiro sistema a "embaralhar" um canal num sistema a cabo foi demonstrado em 1971. No primeiro sistema de embaralhamento, um dos sinais usados para sincronizar a imagem da televisão era removido quando o sinal era transmitido, então reinserido por um pequeno aparelho na casa do cliente. Os sistemas de embaralhamento posteriores inseriam um sinal levemente deslocado da freqüência do canal para interferir com a imagem, e então filtravam o sinal de interferência e o retiravam na televisão do cliente. Em ambos os casos, geralmente os canais codificados podiam ser assistidos como um grupo de imagens de vídeo misturadas e recortadas.
Num sistema digital, o sinal não é embaralhado, mas codificado. O sinal codificado deve ser decodificado com a chave apropriada. Sem a chave, a conversão analógica para digital não pode converter o seqüência de bits em algo utilizável pelo sintonizador da televisão. Quando um "não-sinal" é recebido, o sistema a cabo o substitui por uma propaganda ou pela conhecida tela azul.
Para obter mais informações sobre televisão a cabo e tópicos relacionados, confira os links da próxima página.  

Vantagens  
                            
Perfil qualificado de público;  
Qualidade da imagem;
Programação segmentada;
Muitas alternativas;
Alternativas nacionais, regionais e locais.

Desvantagens

Pequeno volume de público (que tem condições de assinar)
Multiplicidade de canais (vários canais repetidos).